Era o início dos anos 70, e como tal, as Escolas Públicas tinham, em maior ou menor escala, a presença de certas condutas de viés tipicamente militar. Longe de ser circunstância ruim, uma vez que a obediência, disciplina, o respeito, amor à pátria e aos símbolos nacionais, eram mecanismos utilizados com eficiência, forjando o caráter, a educação, e outros valores imprescindíveis aos alunos.
Havia a Patrulha Escolar, cujos membros eram escolhidos entre os mais disciplinados, obedientes e responsáveis. Usavam braceletes brancos com as letras PE estampadas em sua base. Usavam bonés, cintos brancos presos por uma tira branca também, que ficava presa na parte da frente do cinto, deslizando por cima do ombro, em sentido horizontal, indo se fixar na parte de traz. Eram os responsáveis pela ordem, tanto na entrada, como na saída dos alunos. Eram autorizados a atuar nas ruas, sendo responsáveis pela segurança de alunos ao atravessarem as ruas. Para isto usavam apitos, tal qual os guardas de trânsito, e eram muito respeitados. Antes do início das aulas, formavam na frente, em posição militar rígida. Nós, meros mortais ficávamos atrás, mas todos, todos cantávamos o Hino Nacional, ou o Hino à Independência, ou o Hino à Bandeira. Observava-se no rosto de cada membro da Patrulha Escolar o orgulho em servir e ajudar, de se sentir útil dentro de suas atribuições.
Memórias....